O primeiro curso de Mestrado, com ênfase em História Pública no Brasil é o da Unespar, campus de Campo Mourão-PR. Por outro lado, consideramos a História Oral como aporte metodológico, uma vez que decorre de um projeto intencional, com procedimentos, “devolução pública dos resultados” e orientação para experiências culturais, históricas, social e sensíveis de pessoas, grupos e comunidades com obras de arte, fotografia, literatura, cultura, museus, monumentos e lugares de memória.
[4] Deste modo, estas temáticas não foram definidas “na trajetória de vida dos depoentes”.
[5] Isto em razão de o gênero História Oral Temática ser mais apropriado, pois se pode articular entrecruzamentos de depoimentos (com questões objetivas e roteiros) com outras tipologias de documentos. Neste caso, ao levarmos em conta fatos, situações históricas ou culturais, “[...] o entrevistador pode e deve apresentar outras opiniões contrárias e discuti-las com o narrador, mas com a finalidade de elucidar uma versão que é contestada, nunca para se contrapor ao colaborador”.
[6] Deste modo, os depoentes ou representantes de grupos, instituições, museus, escolas, comunidades, clubes literários, entre outros já citados, farão a adesão voluntária para as entrevistas e participação em projeto audiovisual.
Com tais perspectivas, voltadas a ouvir, registrar, discutir, planejar, editorar materiais audiovisuais e disseminá-los através de procedimentos históricos intermediados pelos historiadores e seu público, falamos da “aplicação da história” ou ainda de história pública. Em temos teórico-metodológicas Riopel define que este tipo de abordagem tem como objeto audiências variadas e “[...] idealmente, promove a participação da comunidade em todas as tapas do projeto”.
[7] Por outro lado, Frish define o conceito de partilha de autoridade, a qual envolve a transmissão de conhecimento do historiador ao público e pressupõe uma relação de troca e compartilhamento.
[8] Nesta pesquisa/produção audiovisual, o termo curta-metragem, define-se conceitualmente como gênero documentário, sendo, portanto, seu planejamento, filmagem e edição fundamentados a partir de eventos reais, embora que a ficção também esteja presente nestes processos. Barry Hamp especifica algumas tipologias de documentários: históricos ou biográficos, docudrama, documentários de comportamento, documentários emotivos ou emocionais e, vídeos da realidade.
[9] Em Santhiago a dimensão pública da história oral produz “insights do e para o público” e a vantagem de a narração de histórias ter interesse de expectadores. A partir do conceito da “cultura das bordas” e de história pública, pode-se compreender “os níveis de inserção e de circulação de criações culturais”, as quais as escritas de si podem ser articuladas aos museus para acesso e usos do público.
[10] Para além desta perspectiva do letramento, Michel Agier possibilita a investigação das formas como o passado é ritualizado atualmente, a partir de valores partilhados em rede. Neste aspecto, regiões e mesmo os espaços urbanos se transformam “[...] em fronteiras identitárias, mesmo em sua forma mais completa, a do bairro étnico, [...] fundada sobre olhares cruzados que põem em jogo diferenças de gosto, de estilos de vida e de comportamentos”.
[11] Aliás, é preciso ressaltar que nos Estados Unidos os procedimentos éticos em história oral se iniciaram na década de 1970 com os historiadores públicos, os quais passaram a refletir sobre a conduta adequada dos historiadores, a responsabilidade na interpretação das fontes, suas relações com o público e os procedimentos acadêmicos.
[12] Ao atuarmos com grupos ou comunidades torna-se necessária a mediação ética do historiador, a qual deve estar atenta para os significados de existência e de identidade e para colocar-se “[...] diante de novas perguntas sobre os efeitos da produção histórica, da divulgação de novos saberes, da autoria compartilhada e dos benefícios ás comunidades com as quais escolhe lidar”.
[13] Em relação à teoria do cinema, tanto como interpretação de filmes quanto aplicação e desenvolvimento deste tipo de narrativa, privilegiamos as relações entre o imaginário, semiologia e psicanálise, a partir dos pressupostos de Cristian Metz. Isto porque os arranjos de imagens e sons estabelecem relações entre o imaginário e o simbólico a partir da realidade e da ficção.
[14] Além disto, estes processos de elaboração técnica se fundamentam em várias publicações, tendo como focos planejamento, linguagem cinematográfica, roteiro, direção, decupagem, produção, entre outras.
[15] Os museus enfrentam problemas em relação às formas como suas audiências interpretam e interagem com suas coleções. É neste sentido que Knaus alerta para a mobilização deste espaço para os movimentos de colaboração, “de reconhecimento e autoridade compartilhada”.
[16] Neste caso, para refletirmos os lugares de memória, de esquecimento e de identidade, partimos da tese da esterilização museal, na qual objetos, monumentos e linguagens podem ser considerados como reificações discursivas, ao mesmo tempo em que estabelecem contato com o público e compreendem processos identitários e de patrimonialização.
[17] Sublinhe-se que é preciso pesquisar a relação entre a História Pública e os monumentos, as ações e as atuações do historiador-curador, as quais exigem atuações inter e transdisciplinares.
[18] Quanto aos museus abrangidos pelos projetos (Museu Deolindo Mendes Pereira e Museu Etnográfico da Imigração Polonesa), interessa-nos, também, aplicar instrumento de medida a fim de verificar como eles trabalham com seu público.
[19] Desenvolvemos dois questionários, tanto para avaliar como os professores usam os museus e outro para avaliar como o público usufrui destes espaços, verificar a acessibilidade e as formas de inclusão social.
[20] É nesta perspectiva que as relações entre teorias e práticas nos lançam para atividades conjuntas a fim de salvaguardar “patrimônios importantes ou ameaçados”, estabelecendo vínculos entre especialistas que trabalham com o patrimônio cultural e àqueles que conservam o patrimônio através de ótica da ordem pública ou popular.
[21] As pessoas se deparam constantemente com estátuas, bustos, ermas, obeliscos, entre outros, os quais representam celebrações de fatos históricos marcantes, ou mesmo, homenagens a figuras históricas. E, de fato, tudo isso significa a criação ou o estímulo do sentimento de pertencimento e de identidade nacional ou étnica, o forjar de uma consciência cívico-patriótica que precisa ser esmiuçada junto ao público em geral e junto às comunidades, que muitas vezes estão às margens da sociedade. Assim, os heróis e suas simbologias, bem como todos os aparatos monumentais, que atingem “a cabeça e o coração dos cidadãos”, em suas dimensões políticas e ideológicas, devem ser analisados e discutidos publicamente.
[22] Por conseguinte, o conceito de identidade envolve a compreensão que os sujeitos têm de si mesmos e de seus respectivos pertencimentos e/ou enquadramentos, sejam eles comunitários, grupais, nacionais ou internacionais. A identidade revela uma realidade subjetiva a qual não pode se desatrelar da relação dialética com a sociedade.
[23] A individualização não é senão o fruto da socialização dos sujeitos pela própria sociedade. Como alerta Hall (2001), a formação do eu não escapa das interações com o social, e da projeção deste eu na sociedade. É neste sentido que valores e significados são internalizados constantemente, provocando assim, a subjetividade.
[24] Em contrapartida, a constituição de uma identidade nacional se consagrou no reconhecimento de um passado sustentado por tradições forjadas, ou mesmo por (re)apropriações dos mitos fundantes da nacionalidade, os quais conferiram uma suposta realidade e certa legitimidade imaginativa (comunidade imaginada), as quais também se materializam nos discursos museais.
[25] Portanto, nestas perspectivas, o patrimônio histórico, cultural e artístico, seria um elemento de consolidação das tradições e do imaginário social que merecem atenção do historiador público.
Riscos
Portanto, tomar-se-ão as seguintes providências para minimizar os riscos previamente apontados: 1) garantir que não ocorrerá invasão de privacidade (trabalho, domicílio, internet), bem como exposições da vida pessoal ou da particularidade de sujeitos, famílias e/ou comunidades; 2) atenuar possíveis desconfortos de tempo e local, combinando com os depoentes/participantes, ambientes para depoimentos ou locações de filmagens; 3) assegurar a liberdade para que os sujeitos, grupos ou comunidades não respondam e/ou não autorizarem perguntas, filmagens ou linguagem cinematográfica que possam constranger ou que revelem pensamentos ou sentimentos indesejados; 4) assegurar, a confidencialidade, a privacidade, a proteção da imagem, a não estigmatização ou discriminação de pessoas, grupos ou comunidades; 5) asseverar a não utilização de dados ou de informações que prejudiquem pessoas, grupos ou comunidades, bem como sua autoestima e/ou prestígio econômico-financeiro; 6) afiançar a participação voluntária e a suspenção imediata de depoimentos ou filmagens que causem riscos não previstos no TCLE; 7) garantir aos sujeitos, grupos ou comunidades a divulgação pública, tanto de resultados da pesquisa científica quanto do conteúdo de material audiovisual resultante; 8) afiançar o respeito aos valores culturais, sociais, linguísticos, morais, religiosos, éticos, hábitos e costumes de comunidades envolvidas na pesquisa e produção audiovisual; 9) assegurar que possíveis danos aos sujeitos, grupos ou comunidade terão assistência e direito à indenização; 10) asseverar que os resultados das produções acadêmicas e audiovisuais terão resultados positivos aos envolvidos na pesquisa e produção audiovisual; 11) garantir a inexistência de conflitos de interesse entre pesquisador e sujeitos da pesquisa, bem como o uso restrito das informações apenas neste projeto; 12) assegurar a recusa em participar ou retirar seu consentimento em qualquer etapa da pesquisa.
Benefícios
Os sujeitos, grupos ou comunidades envolvidas na pesquisa não serão explorados através de recursos midiáticos. Ao contrário, os benefícios diretos e indiretos envolvem a valorização do ser humano e da sociedade no tocante aos seus valores individuais, sociais e culturais, bem como o seu direito ao conhecimento, à cultura e à interação com a universidade. Em relação aos proveitos ou vantagens decorrentes da participação dos sujeitos, grupos ou comunidades na pesquisa, enfatizamos que possíveis premiações ou menções honrosas serão compartilhadas entre todos. Deste modo, os sujeitos da pesquisa terão como benefício a possibilidade de compartilhar histórias, de refletir seu passado junto com historiadores, além de obterem conhecimento e de saberem como os historiadores públicos interpretam e produzem história.
Os resultados da presente pesquisa e produção audiovisual poderão fortalecer a estruturação de disciplinas em cursos de graduação, formação continuada e eventos comunitários. Tais iniciativas podem fornecer subsídios para o planejamento da Educação em Museus nos municípios abrangidos pelo projeto e consolidar atividades extensionistas na UNESPAR. A transferência de conhecimento se efetuará a partir de atividades de extensão, seminários, palestras, mostras fotográfico-artísticas, lançamentos de livros e documentários. Da mesma forma, pretende-se expor os resultados parciais do trabalho em eventos científicos, além da publicação de artigos em revistas especializadas e da atividade de pesquisa e docência. Neste aspecto, o proponente deste projeto organizará atividades através do Grupo de Pesquisa História Pública a fim de disseminar o conhecimento produzido coletivamente, envolvendo sujeitos, museus, comunidades e projetos de nossos orientandos dos Programas de Pós-graduação em História: História Pública e Ensino de História - Profhistória.
Metodologia de Análise de Dados
A metodologia de análise de dados, embasadas na História Pública (Rovai, 2011; Riopel, 2003; Frish, 2003; Santhiago, 2018), na História Oral (Meihy, 2002; Alberti, 1980) e no Cinema (Hamp, 1997; Metz, 1980; Glynne, 2009; Ellis & MAcLane, 2006), consiste na análise de informações levantadas através de entrevistas, as quais serão correlacionadas às informações escritas e audiovisuais (i. é, pesquisa bibliográfica e observação). Deste modo, contemplamos aspectos quanti-qualitativos (pesquisa de opinião pública, entrevistas e/ou depoimentos) relacionados aos eixos temáticos
linguagens artísticas, fotográficas e literárias teuto-brasileiras (as quais serão realizadas em Curitiba, Bituruna, União da Vitoria, Porto Vitória, Paulo Frontin, Cruz Machado, Canoinhas – SC, Porto União-SC; ),
interações e usos públicos do Museu Municipal Deolindo Mendes Pereira (que será realizada em Campo Mourão) e do Museu Etnográfico da Imigração Polonesa (que será realizada em Cruz Machado), e
difusão da cultura e da língua polonesa (as quais serão realizadas em Curitiba, Bituruna, União da Vitoria, Porto Vitória, Paulo Frontin, Cruz Machado, Canoinhas – SC, Porto União-SC).
[27] Para a realização das entrevistas serão convidados participantes de comunidades de origem alemã e polonesa, curadores, professores, simpatizantes e/ou descendentes de imigrantes (estrangeiros) que se interessem ou tenham relações com as temáticas acima elencadas, totalizando trinta (30) pessoas. Sobre as entrevistas, enfatizamos a abordagem em história oral temática (Meihy, 2002; 2011; Meihy & Holanda, 2018), a qual pode ser compulsada à luz de documentos impressos e audiovisuais. Neste sentido, no âmbito da História Pública, também serão levantadas informações sobre os usos do passado através da elaboração de vídeos pela própria comunidade, as quais enfatizam a história e a identidade polono-brasileira.
A pesquisa também será realizada dentro de clubes étnico-literários (Clube Literário W. Reymon, Dyrekcja Klubu) e dos museus abrangidos pelo projeto (Museu Deolindo Mendes Pereira, Campo Mourão; Museu Etnográfico da Imigração Polonesa, Cruz Machado), entre os quais, os membros que a representam, ou mesmo os representantes das comunidades locais, (Termos de Ciência dos Responsáveis pelos Campos de Estudo), que, por conhecerem os lugares onde atuam ou participam, poderão indicar possíveis participantes no projeto, justamente por conhecerem melhor a realidade local do que o próprio pesquisador. Nesta pequena inversão, não é apenas o pesquisador que determina quem vai falar. Ao contrário, as comunidades também definem quem pode colaborar da melhor maneira possível, pois com os contatos e interações com o pesquisador, compreenderão a amplitude da pesquisa e poderão torná-la mais próxima da realidade. Neste sentido, além das questões empíricas levantadas pela História Oral e pela História Pública, o campo sociológico corrobora nosso direcionamento para as colaborações espontâneas entre pesquisador e comunidade. Em Bourdieu, o conceito de habitus e de campo nos permite ir da teoria à pratica, uma vez que a investigação científica é feita por constantes retomadas, onde o método significa um modus operandi composto por etapas. Nesta inversão metodológica, a realidade empírica funciona como reflexo da estrutura teórica e, por conseguinte, permite a o desenvolvimento de etapas analíticas e relacionais, entre elas, as que abrangem as relações objetivas entre as posições no campo e a as disposições subjetivas (habitus). Nesta perspectiva, a teoria não teria a pretensão de conhecer plenamente dos fatos sociais e se sobrepor ao conhecimento de seus atores ou testemunhas, mesmo porque se quer evitar reificações teóricas que funcionam como discursos e práticas efetivas.
É importante demarcar, nesta parte do trabalho, o aspecto teórico metodológico em relação ao universo de estudo e à pesquisa participante. Neste caso, aproximamos os conceitos de autoridade compartilhada (Frish, 1990), alteridade e comunidades interpretativas (Schmidt, 2006), justamente pela necessidade de articular saberes populares e mídias na autorreflexão comunitária, as quais envolvem subjetividades de sujeitos e comunidades, bem como a forma como as pessoas estabelecem relações através das tecnologias digitais.
[28] Em relação à pesquisa de opinião pública, desenvolvemos a partir da plataforma Google Formulários, duas abordagens: a) Museu Municipal: expectativas da visita, destinadas ao público em geral; b) Museus: atividades docentes, destinadas aos professores. Deste modo, serão impressos Códigos QR para serem fixadas em suportes em local apropriado para disponibilizar acesso por celulares, aos respectivos formulários em website do pesquisador. Além disto, serão disponibilizados formulários impressos, levando em conta visitantes e professores (que não podemos precisar numericamente neste momento). Considerando a abrangência e extensão da pesquisa, estipulamos o período de três anos para a sua realização.
Portanto, estas metodologias de análise de dados, associando história pública e história oral pode ser utilizada como importante recurso para a produção de documentário, mesclando experiência, autoridade e o reconhecimento de que há transformação e adaptação de uma linguagem para outra, as quais devem considerar a fidelidade, tradução/adaptação e transcrição do contexto social, realizada pelo pesquisador e comunidade investigada, bem como a difusão de linguagem cinematográfica para outros públicos, o que aumenta a responsabilidade do trabalho coletivo.
[29] Em termos práticos, a metodologia envolve a coleta, salvaguarda e difusão de informações ao público, bem como sua transformação e adaptação em textos ou similares que auxiliem nos processos de edição audiovisual. Neste aspecto, cabe destacar que, como documentarista pela Academia Internacional de Cinema, serão empregadas as técnicas de roteirização, fotografia, Direção e Edição, bem como seu respectivo registro na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, em conformidade com a Lei de Direitos Autorais, Nº 9.610, de 19/02/1998. Outrossim, as produções escritas serão encaminhadas à periódicos específicos e as produções audiovisuais serão postadas no canal do YouTube intitulado, História Pública – Public History, vinculado ao Programa de Mestrado em História Pública da UNESPAR, campus de Campo Mourão.
Sobre ética e produção audiovisual consideramos primordial valorizar a perspectiva de todos os envolvidos a fim de não constranger os participantes, evitar processos judiciais e críticas à linguagem cinematográfica empregada, a exemplo dos documentários “Perambulantes: a vida do povo de Acuab em Porto Alegre”, de Giancarla Brunetto e Karine Emerich; “À Margem da Imagem”, de Evaldo Mocarzel e, “Um lugar ao Sol”, de Gabriel Mascaro. Deste modo, tomar-se-ão as seguintes medidas: 1) especificar aos colaboradores que nem todas as cenas filmadas poderão serão aproveitadas, sendo que sua seleção deverá ser discutida com o pesquisador, a fim de não gerar falsas expectativas; 2) cabe ao pesquisador adquirir os direitos autorais de músicas, trilha sonora, imagens e mesmo de fotografias cujos valores sejam acessíveis e não dispendiosos, excetuando-se as de uso livre; 3) A versão final de curtas-metragens, que integra diferentes participações deverá ser revista e aprovada por todos antes de sua veiculação, a fim de reparar eventuais “deslizes” produzidos pela linguagem cinematográfica; 4) a veiculação pública será informada antecipadamente aos participantes ou colaboradores.
DESFECHO PRIMÁRIO
Como desfecho das iniciativas de pesquisa aqui apresentadas destacamos que poderemos compreender melhor expressões de empreendimentos pessoais, adaptações culturais e preservação de bens culturais e do patrimônio teuto-polônico-brasileiro. A busca da identidade, a ideia de pertencimento, a vinculação dos sujeitos à história, a expressão de valores e sentimentos, quer por textos, imagens ou representação pictórica de realidades apreendidas, são sem dúvida, chaves interpretativas importantes para identificarmos a pluralidade da formação de nossa sociedade. Neste sentido, conclui-se que estas ricas diversidades culturais se espalham não apenas no seio das comunidades em tela, mas também nos espaços museais, os quais precisam ser repensados em suas funções inclusivas e que permitam conhecermos melhor, no âmbito dos usos e abusos do passado, como se comportam seus frequentadores, como os professores usam estes espaços, tendo como meta, o desenvolvimento de atividades que envolvam a universidade e a comunidade de forma contínua.
DESFECHO SEDUNDÁRIO
Como desfecho secundário, destacamos a necessidade de nos integrarmos às linguagens digitais e de compreendermos como as pessoas e comunidades atualmente usam os recursos tecnológicos. Portanto, as aplicações da História Pública, da História Oral e do Cinema trazem resultados compensadores para todos, uma vez que há engajamento e compartilhamento. A produção conjunta de materiais audiovisuais com as comunidades nas cidades abrangidas pelo projeto, permite a aproximação do conhecimento histórico com os saberes das comunidades, não só na análise de materiais fílmicos, mas também no processo produtivo, no registro de direitos autorais, bem como na salvaguarda e valorização de bens materiais e imateriais. Além disto, estimulam-se a valorização/preservação das memórias individual e coletiva, e o desenvolvimento de ações democráticas e inclusivas.
Quadro de Projetos de Pesquisa
Explicitados os procedimentos e aportes teórico-metodológicos da presente pesquisa e seus desdobramentos individual e coletivo, apresentamos um plano de trabalho com os integrantes de nossa equipe e suas respectivas contribuições, as quais envolvem produções técnicas e acadêmicas. O objetivo deste quadro é operacionalizar as atividades que resultarão em produtos destinados ao meio acadêmico e à comunidade (Tabela 1).
Plano de Trabalho
Etapa 1 –Produções audiovisuais, pesquisa e atividades
Data de início: maio 2020.
Data de término: julho 2020.
Meta 1 – Produção audiovisual cultura alemã; Pesquisa de opinião pública museus; Difusão de material audiovisual; Desenvolvimento de atividades em museus
Etapa 2 – Análise de dados e atividades
Data de início: agosto 2020
Data de término: outubro 2020.
Meta 1 – Pesquisa de opinião pública (análise de dados): Museu Municipal Deolindo Mendes Pereira (Campo Mourão) e do Museu Etnográfico da Imigração Polonesa (Cruz Machado); Desenvolvimento de atividades em museus.
Etapa 3 – Atividades acadêmicas
Data de início: novembro 2020
Data de término: janeiro 2021
Meta 1 – seminários, artigos e afins;
Etapa 4 - Produções audiovisuais 2, pesquisa e atividades
Data de início: fevereiro 2021
Data de término: maio 2021
Meta 4- Produção audiovisual, Aplicação de Pesquisa de opinião pública (análise de dados): Museus
Etapa 5 - Análise de dados e atividades
Data de início: julho de 2021
Data de término: setembro 2021
Etapa 1. Revisão historiográfica/tradução/ análise de documentos; Desenvolvimento de atividades em museus (Primavera dos Museus - IBRAM).
Etapa 6 - Atividades acadêmicas
Data de início: outubro 2021
Data de término: dezembro 2021
Etapa 1 seminários, artigos e afins;
Etapa 7 - Produções audiovisuais 3 e pesquisa Data de início:
Data de início: janeiro 2022
Data de término: abril 2022
Etapa 1 Produção audiovisual, Aplicação de Pesquisa de opinião pública (análise de dados): Museus
Etapa 8 – Análise de dados e atividades
Data de início: maio 2022
Data de término: agosto 2022
Etapa Revisão historiográfica/tradução/ análise de documentos; Desenvolvimento de atividades em museus (Primavera dos Museus - IBRAM).
Etapa 9 – Análise de dados e atividades
Data de início: set 2022
Data de término: dez 2022
Etapa Revisão historiográfica/tradução/ análise de documentos; Desenvolvimento de atividades em museus (Primavera dos Museus - IBRAM).
Etapa 8 – Análise de dados e atividades
Data de início: maio 2022
Data de término: agosto 2022
Etapa Revisão historiográfica/tradução/ análise de documentos; Desenvolvimento de atividades em museus (Primavera dos Museus - IBRAM), difusão de material audiovisual.
Cronograma