As discussões sobre a educação de qualidade na educação superior e no ensino básico são fundamentais para refletirmos problemas estruturais de décadas, especialmente quando relacionadas ao “ensino e vida, conhecimento e ética, reflexão e ação”. Para isto, as autoras consideram que uma visão ampla e relacional deve priorizar através de ações colaborativas, as injunções sociais, conteúdos, práticas pedagógicas inovadoras, projetos e ações que contemplem uma formação humanizada, engajada e inclusiva. Porém, no tocante às retóricas da eficiência e da qualidade da educação pode-se levar em conta tanto os resultados quanto o próprio processo de ensino-aprendizagem, almejando o (polêmico) conceito de “capital social”. Este, por sua vez, pode ter dois enfoques, cuja aplicação abrange o desempenho escolar e o contexto social. Um com orientação política em Bourdieu, que valoriza os vínculos entre cultura, redes sociais e poder \citep{1979}. Outro, de orientação econômica, elaborado por Coleman, que versa sobre a intangibilidade em espaços relacionais estabelecidos por e entre pessoas \citep{1988}. No entanto, ambos comungam a ideia de que as relações sociais são vitais a todos ao se basear no princípio da reciprocidade, da confiança e da cooperação, abrangendo tanto a ação social quanto o ator social. Para Gomes Figueiredo & Gagno a universidade e a escola são espaços híbridos de formação teórica e prática, que beneficiam universitários e comunidade com um ensino de qualidade e uma formação profissional adequada. Daí resulta a importância diretiva da universidade, a troca de aprendizagens, a problematização de conteúdos e do cotidiano escolar, bem como a legitimidade de ações teórico-práticas nestes diferentes níveis.