O artigo de Josiane Aparecida Gomes Figueiredo e Roberta Ravaglio Gagno é uma contribuição significativa sobre a formação e práticas docentes em Ciências Biológicas na Universidade Estadual do Paraná (campus de Paranaguá), bem como sobre as demandas do ensino nas escolas do litoral paranaense.
As discussões sobre a educação de qualidade na educação superior e no ensino básico são fundamentais para refletirmos problemas estruturais de décadas, especialmente quando relacionadas ao “ensino e vida, conhecimento e ética, reflexão e ação”. Para isto, uma visão ampla e relacional deve considerar as injunções sociais, conteúdos, práticas pedagógicas, projetos e ações que contemplem uma formação humanizada, engajada e inclusiva. Porém, no tocante às retóricas da eficiência e da qualidade da educação pode-se levar em conta tanto os resultados quanto o próprio processo de ensino-aprendizagem, almejando o (polêmcio) conceito de “capital social”. Este, por sua vez, pode ter enfoques dois enfoques cuja aplicação abrange o desempenho escolar e o contexto social. Um com orientação política em Bourdieu, que valoriza os vínculos entre cultura, redes sociais e poder \cite{1979}. Outro, de orientação econômica, elaborado por Coleman, que versa sobre a intangibilidade em espaços relacionais estabelecidos por e entre pessoas \cite{1988}. No entanto, ambos comungam a ideia de que as relações sociais são vitais a todos ao se basear no princípio da reciprocidade, da confiança e da cooperação, abrangendo tanto a ação social quanto o ator social.